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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, admitiu nesta terça-feira, 15, que o país não pode entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar cuja expansão para o leste é criticada há anos pela Rússia.
"A Ucrânia não é um membro da Otan, nós entendemos isso. Ouvimos por anos que as portas estavam abertas, mas também ouvimos que não poderíamos entrar. É a verdade e isso precisa ser reconhecido", afirmou Zelenski em uma videoconferência com líderes da Força Expedicionária Conjunta, grupo de países do norte da Europa encabeçados pelo Reino Unido.
Eleito em 2019, o presidente sempre defendeu a adesão da Ucrânia à Otan e à União Europeia, mas viu seu principal pedido desde o início da guerra ser recusado pela aliança atlântica: a criação de uma zona de exclusão aérea nos céus ucranianos.
Segundo líderes da Otan, essa medida poderia colocá-la em confronto direto com a Rússia e até desencadear uma terceira guerra mundial. Agora Zelenski pressiona o Ocidente para garantir ao menos a doação de caças para proteger o país contra bombardeios russos.
"A máquina militar russa ainda pode ser contida", ressaltou o presidente, acrescentando que Vladimir Putin não vai parar na Ucrânia. "Nós podemos fazer a Rússia parar o assassinato de pessoas. Será mais fácil se o fizermos juntos, porque interromperemos a destruição da democracia em nossa terra. Do contrário, vocês serão os próximos", afirmou.
A Força Expedicionária Conjunta reúne Dinamarca, Estônia, Finlândia, Islândia, Letônia, Lituânia, Noruega, Países Baixos, Reino Unido e Suécia. Com exceção de Finlândia e Suécia, todos fazem parte da Otan.
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